sexta-feira, 5 de abril de 2013

SÉRIE "Poemas de Circo": TRAPÉZIO




Jura que tudo vai dar certo?
Promete que poderei me soltar?
Pode me assegurar nessa dúvida?
Na hora da angústia, do medo...

Estarei firme em tuas mãos?
E se as minhas suarem?
E se eu fraquejar justo ali?
Na hora da angústia, do medo...

E a grandeza da derrota?
E a plateia, entre o escárnio e o choque?
E se eu me desviar da rota?
Um segundo frio e crucial

Sinto a espinha arrepiar, gélida
Arritmia, o palhaço já fez sua última graça
É agora? Tem mesmo que ser?
Que o Senhor tenha misericórdia! 

Um comentário:

  1. Não sei como é essa sensação de fato, mas imagino como seja o receio comum a artistas de circo durante uma apresentação...medo de errar, o que diria a platéia? Poema que traz em si um conjunto de arte, a poesia e a arte do circo, ambas muito admiro!


    Abraços e saudações poeta ^^

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