Sob aquelas vestes efusivas
De cores gritantes que atraem os olhos
Tão dócil e inocente criatura
Quem lhe poderá –de fato- recompensar?
Entre uma e outra pirueta
Entre piadas mais velhas que o mundo
Aquela é sua verdadeira missão
Dinheiro algum lhe poderá recompensar
Os risos e a satisfação do público
Engolem o furacão de pedras em sua alma
Aquela alma que não usa pancake
Aquele nariz que não cobre seus males
Caro Senhor Palhaço, alegre e desastrado
Homem de fé na própria existência
Essa luta todo dia a gente enfrenta
Mas fazendo troça dela, só para os fortes