sábado, 11 de fevereiro de 2012

ANGÚSTIAS NOTURNAS



Chegando por aqui, enfim, o primeiro poema de 2012... Deus seja louvado!!!!



Ela bebeu da fonte inesgotável das ilusões
Junto com aqueles cujos lábios sorriam gélidos
E cujas mãos estavam pálidas em semivida
Ela bebeu até escorrer queixo abaixo

Ela havia entrado por portas escancaradas
Onde sofismas a arrebataram como sedutores vampiros
Foram sugando suas energias e lhe injetando orgulho
Viciada ela ficou, envolta em sonhos e suspiros

Lavaram sua mente com veneno de serpentes
Enquanto matava a sede dos homens em seus braços
E as angústias noturnas a mantém presa como fantoche
Há vontade de fugir, mas não consegue dar dois passos

Ela não tem nome, não tem sequer um rosto
Ao menos uma face que se possa distinguir nas trevas
Ela ergueu muralhas gigantescas a proteger o coração
Onde eu deveria estar e nem mesmo posso entrar

Se ao menos ela escutasse o que eu dissera
Seus dias poderiam ser quase uma quimera
Mas o inverno em sua alma nunca passa, frio eterno
Toda noite eu a vejo desejar o inferno

E muitos existem tornados como a donzela
Perdidos em fumaça de falsas promessas seculares
Minha espera revela que existe uma chance
Eu simplesmente ainda espero por seus olhares...

Nenhum comentário:

Postar um comentário